sexta-feira, 9 de fevereiro de 2018

NA MEMÓRIA: JAIRO SCHENKEL

Na foto (esq-dir): Mano, Ronaldo e Jairo.
Jairo era um volantão clássico, estilo Wilson Mano e, por essa característica, chamou a atenção do então presidente do Corinthians, Vicente Matheus, que o contratou em 1990.
Chegou ao Timão para ser reserva direto dos dois volantes do time: Márcio Bittencourt e do próprio Wilson Mano. Jairo foi contratado junto ao Criciúma, clube na qual começou a sua carreira.
Natural de São Carlos/ SC, Jairo era calmo, de fala mansa, mas demonstrava firmeza nas jogadas e habilidade com a bola nos pés. Foi despertando a curiosidade do técnico Nelsinho Batista e Jairo foi se encaixando bem no elenco.
Porém, foi somente com a chegada do técnico Cilinho, em 1991, que Jairo ganhou a chance de ser titular, no momento em que o treinador resolveu barrar os líderes do time, entre eles, Márcio.
Jairo jogou 84 partidas com a camisa do Timão e marcou 07 gols. Um deles, o inesquecível golaço contra a Portuguesa, em 1991, no Pacaembu, em jogo válido pelo Paulistão daquele ano, pegando, de primeira, uma bola rebatida pela defesa e, de fora da área, mandou um "canudo" indefensável para o goleiro luso.
Em 1992, Jairo entrou no pacote de troca (ao lado de Marcos Roberto e Guinei) junto ao União São João de Araras/SP, com o zagueiro Henrique.
Campeão Brasileiro pelo Timão, Jairo ainda defendeu Grêmio e Paysandu, antes de encerrar a sua carreira.
Na noite do dia 18 de outubro de 2007, bateu com a sua moto bem na frente de um carro e perdeu a vida no local.

sexta-feira, 2 de fevereiro de 2018

EM ALGUM LUGAR DA HISTÓRIA: A SEMI-FINAL DO PAULISTÃO 1987.

No dia 16 de agosto de 1987, o Corinthians deu importante passo para se classificar à
Edmar artilheiro. Jogou muito.
finalíssima do Paulistão 1987 ao golear o rival Santos na primeira partida da semifinal daquele campeonato.
O Paulistão de 87 foi disputado em dois turnos com todos os times se enfrentando com jogos de ida e volta. Os quatro primeiros se classificariam para a fase semifinal.
Santos X Corinthians e São Paulo X Palmeiras duelariam para saber quem é que se qualificaria para jogar a final.
E o Corinthians entrou de forma avassaladora para este primeiro combate.
Vale lembrar o campeonato que o Timão fez neste ano. Chegou a ocupar a lanterna no primeiro turno e, numa arrancada fenomenal, foi disputar a final contra o São Paulo.
Então, para este jogo, o Corinthians estava embalado.
Desde o início de jogo o Todo Poderoso se impôs pelo empenho de seus jogadores. O Santos limitava-se a marcar o meio campo adversário. Nos primeiros 10 minutos de jogo, o
Jorginho jogava demais, mas era pé frio.
Timão insistiu em cruzamentos altos sobre a área, facilitando a defesa santista. A partir daí, o técnico Formiga mandou sua equipe avançar pelas pontas. As jogadas de perigo começaram a surgir. Aos 21 minutos, Edmar perdeu um gol dentro da pequena área. Aos 19 minutos, Biro Biro venceu Raul e cruzou alto sore a área. Rodolfo Rodriguez falhou na tentativa de cortar o cruzamento e amorteceu a bola para o peito de Edmar, que abriu o placar.
O segundo gol foi aos 32 minutos, na cobrança de escanteio rápida, Jorginho cabeceou na primeira trave, encobrindo o goleiro santista. Golaço.
O Santos melhorou. Saiu mais pro jogo. O meia Mendonça assumiu mais a parte criativa.
Mas, quando o time praiano estava melhor, surgiu o terceiro gol corintiano. Aos 44 minutos, Toninho Carlos demorou a atrasar uma bola para Rodolfo Rodriguez e acabou por perdê-la dentro da grande área para Edmar, que marcou.
Um massacre no primeiro tempo.
No segundo tempo, o Santos partiu logo ao ataque. Mas, logo aos 4 minutos, a primeira chance de gol do segundo tempo foi o próprio Corinthians, que quase marcou num contra ataque mortal.
A seguir, aconteceu o gol santista. Arizinho foi empurrado e derrubado na área por Édson
Tarde inspirada do artilheiro.
. Pênalti, que Mendonça cobrou e anotou: 3 a 1.
O gol deu ânimo à equipe de Candinho, que mandou se time ir mais pra frente. Mas, aos 27 minutos, Nildo tocou sem querer de calcanhar para o chute de Edmar, que fez o quarto gol corintiano.
Aí, em tarde inspiradíssima, Edmar anotou mais um, o seu quarto no jogo. Aos 42 minutos, Edmar tabelou com Dida na entrada da área. Tocou na saída de Rodolfo Rodriguez que defendeu, mas deu rebote. Edmar insistiu e tocou pro fundo das redes.
O massacre se consumou no Morumbi.
Foi a coroação de uma reação nunca vista no futebol brasileiro, que só o Corinthians poderia fazer. E, embora tenha se classificado para a final e não ter conquistado o título, a torcida corintiana lembra com carinho daquele campeonato, pois, aqui a gente não é time de modinha, não. Aqui a gente torce pro Corinthians, vencendo ou não.
No segundo jogo, o jogo de volta, o empate em 0 a 0 foi o suficiente para o Timão se classificar à final.

FICHA TÉCNICA:

CORINTHIANS
Waldir Peres; Édson, Mauro, Jatobá e Dida; Biro Biro, Eduardo (Wilson Mano) e Éverton (Marcos Roberto); Jorginho, Edmar e João Paulo.
Técnico: Chico Formiga

SANTOS
Rodolfo Rodriguez; Raul, Nildo, Toninho Carlos e Claudinho; César Sampaio, Hugo De Leon e Mendonça; Osvaldo, Carlos Alberto Costa e Arizinho.
Técnico: Candinho.

Local: Morumbi
Juiz: Roberto Nunes Morgado.