domingo, 7 de janeiro de 2018

1995: CHEGA DE SER COADJUVANTE, O CORINTHIANS É PROTAGONISTA (Parte #03)

O Corinthians terminou muito mal a primeira fase do Paulistão 95. Talvez por estar focado na Copa do Brasil, o Corinthians descia ladeira abaixo no estadual.
Para se ter uma ideia da queda do Timão no Paulista, dos últimos 13 jogos, que definiram as vagas para a disputa das semifinais, o Corinthians perdeu 06 jogos, empatou 05 e venceu apenas 02. Entre esses jogos, as doídas derrotas para Palmeiras e Santos e a sofrível derrota para o Novorizontino, no Pacaembu, por 3 a 0.
Tupãzinho em ação: um dos melhores do elenco.
Bem por isso o Timão terminou a primeira fase em sexto lugar, com 42 pontos, dezesseis pontos a menos que a líder Portuguesa.
Neste campeonato, manteve-se a fórmula que inventaram para virar a mesa em 1991, para que o São Paulo não disputasse a segundona, pois havia caído no ano anterior. Nem uma repescagem que inventaram na hora salvou o time do Morumbi.
Mas, enfim, segue o jogo. Classificavam-se sete equipes, mais o campeão da série A-2 e eram divididas em dois grupos de quatro. Cada grupo jogava entre si, todos contra todos, com jogos de ida e volta. O primeiro colocado de cada grupo ganhava o direito de disputar a finalíssima, também com dois jogos.
A péssima campanha na reta final da primeira fase do Paulistão contrastava com a bela campanha que o Timão fazia na Copa Do Brasil.
Depois de passar as duas primeiras fases, contra Operário/MS e Rio Branco/AC, o Corinthians enfrentou o Paraná Clube, que vivia acensão no futebol brasileiro, em Curitiba, empatando em 0 a 0. Na partida de volta, debaixo de muita chuva e sem Marcelinho Carioca, poupado, Viola desencantou após quase tres meses sem marcar e anotou os dois gols na vitória apertada por 2 a 1.
O Corinthians não mostrava um futebol tão bom até então, mas, na hora em que enfrentou o Vasco da Gama pela primeira partida da semifinal e venceu por 1 a 0, em pleno Maracanã, jogou bem e convenceu.
Na cabeça de Eduardo Amorim, daria pra esquecer um pouco o Paulista e ir atrás do então título inédito.
Marcelinho Carioca foi o craque do time.
Na partida de volta contra o mesmo Vasco, no Pacaembu, show de futebol. Cinco a zero, com tres de Viola, num Pacaembu absolutamente lotado e em êxtase.
O Corinthians voltava a viver seus dias de Corinthians. Jogava com raça e determinação. Bola dividida era bola ganha.
Após se classificar para a final da Copa do Brasil, o Corinthians pegou o Rio Branco de Americana em casa com um time misto. Perdeu de 1 a 0.
No dia 07 de junho, uma quarta feira, Eduardo Amorim colocou em campo o time que ele considerava ideal para jogar contra o Guarani, também no Pacaembu.
Seria o último teste do time titular em campo, já que, no final de semana seguinte, Amorim iria poupar todos os titulares e até alguns reservas.
O Corinthians até jogou bem, mas perdeu do Guarani por 3 a 2. Desconfiança? Será que daria? A final seria contra o Grêmio, que vinha com uma campanha de viradas heroicas e derrubando todos que passassem à sua frente.
No final de semana, time reserva em campo contra o União São João lá em Araras e mais uma derrota, agora, por 1 a 0.
Mas, na quarta seguinte, dia 14 de junho, o Timão entrava em campo, no Pacaembu, para a partida de ida da final da Copa Do Brasil, com um estádio novamente tomado pela eufórica torcida corintiana.
O Corinthians se preparava para mostrar a sua força mais uma vez.

(continua...)

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